tag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post3621835012911463070..comments2024-01-15T23:52:00.195-03:00Comments on História & Política: Resistência escrava: quilombos cariocas e fluminensesGustavo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-67669330582984348242013-08-25T20:32:03.857-03:002013-08-25T20:32:03.857-03:00Obrigado, professora Eliane. Só lamento a escasse...Obrigado, professora Eliane. Só lamento a escassez de tempo que vem me impedindo de atualizar o blog com a frequência que desejo. Esteja à vontade para apresentar sugestões e trazer suas próprias descobertas. Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-70293234337920712082013-08-25T13:06:12.942-03:002013-08-25T13:06:12.942-03:00Olá professor Gustavo, em pesquisa encontrei esta ...Olá professor Gustavo, em pesquisa encontrei esta preciosidade que é seu blog. Certamente indicarei a amigos e alunos! Os documentos aqui mostrados são de muita importância. Seus argumentos em diálogo com os visitantes me fortalece nas pesquisas que faço e nas crenças que carrego. Há muito mias história a desvendarmos nessa busca de identidade e heranças culturais. <br />Muito grata pela sua batalha pelo esclarecimento dos fatos!<br />Isso é resistência à demência coletiva que impera na atualidade!!!<br />Saudações!<br />Eliane MattozoEliane Mattozohttps://www.blogger.com/profile/05324036360323134375noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-22493497380997502902013-07-09T07:22:43.560-03:002013-07-09T07:22:43.560-03:00Ganhei a semana: uma visita tão especial chama meu...Ganhei a semana: uma visita tão especial chama meu blog de luxuoso! Mas além de ilustrar, estes recortes têm a finalidade de mostrar a todas as pessoas interessadas que existe uma gigantesca massa documental digitalizada na Internet sobre Brasil Império e República, acessível de imediato e de graça a quem conhece alguns atalhos. <br /><br />Obs: Os quadros agora geralmente são brancos, para uso de pilot. Em alguns lugares onde a precariedade é completa, ainda se acha o quadro de pedra, verde.<br /><br />Obrigado por prestigiar e participe sempre!Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-53755738535426046282013-07-09T00:10:42.189-03:002013-07-09T00:10:42.189-03:00Os termos e profissões funções "de época"... Os termos e profissões funções "de época" que encontramos nestes anúncios são interessantíssimos!negro "fulo", "retinto", "boçal" etc.<br />O mais válido destas publicações é que, no caso do estudante que as acompanha, não se limita somente ao ensinado nos quadros negros (ainda existe quadro negro?). adorei! Mais referências sobre vida (trabalho) de escravos no Brasil Prof. Gustavo! Saudações ao seu blog luxuoso!Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/05083682085864875816noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-66906309206218669882013-07-08T11:18:26.133-03:002013-07-08T11:18:26.133-03:00Já a sua hipótese de que quilombolas eram escravos...Já a sua hipótese de que quilombolas eram escravos que ninguém queria, ou não valia a pena investir na recaptura, me parece ruim. A historiografia nos mostra que os quilombos surgiam pela ação de homens jovens, em pleno vigor produtivo, capazes de andar por dias ou semanas em meio ambiente desconhecido ou hostil, por vezes depois de matar feitores e outros empregados.<br />Não vejo muito sentido na alegação de que a chegada de outros elementos descaracterizava um quilombo. Suponhamos que três gerações consecutivas de descendentes de Pedro Mundim se casem em famílias japonesas. Por acaso seria ilegítimo usarem o sobrenome Mundim, ou reivindicarem certas heranças culturais e materiais, simplesmente por ter olhos puxados e cultuar divindades xintoístas?<br />É um erro pretender "amarrar" identidades étnicas a pré-requisitos genéticos. O "caboclo tupinambá", com 10, 30 ou 50% de carga genética europeia e/ou africana, é tão índio quanto foram Arariboia e Felipe Camarão. Afinal, ele se julga índio, é reconhecido como membro por uma comunidade indígena, que por sua vez é reconhecida como tal pelos não índios ao redor. O seu exemplo dos tupinambás do sul da Bahia é particularmente mau, já que temos uma vasta documentação que demonstra o quanto foram continuamente prejudicados pelo Estado brasileiro, sem que o mesmo Estado contestasse sua identidade indígena e seus direitos territoriais. Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-56269555140430360722013-07-08T10:59:49.253-03:002013-07-08T10:59:49.253-03:00Não sou especialista no tema, mas posso fazer algu...Não sou especialista no tema, mas posso fazer algumas considerações. Na comparação entre Brasil e Estados Unidos, temos que levar em conta o ambiente geográfico. A região onde surgiram os Palmares, por exemplo, possuía um clima tão inóspito e tantos animais peçonhentos que anteriormente era desabitada e evitada pelos índios. O mesmo vale para os quilombos maranhenses que citei no texto de 2012: ficavam na selva amazônica. Muitas vezes, portanto, os responsáveis por uma "expedição punitiva" já sabiam de antemão que teriam baixas fatais mesmo que o confronto lhes fosse favorável. Também não se pode imaginar a erradicação de um quilombo como se fosse a queima de um vespeiro. Dependendo da conveniência, os quilombolas se furtavam ao combate, buscavam outros esconderijos, reconstruíam suas choças queimadas depois que a tropa ia embora. Quantas vezes portugueses e holandeses atacaram Palmares, fizeram capturas, destruíram alguns núcleos, até deram o inimigo como morto, até a verdadeira destruição quando o quilombo já tinha mais ou menos um século de existência? Bem mais próximo de nós no tempo, temos o quilombo do morro do Castro, em Niterói, cujos moradores viviam da pilhagem feita na orla marítima da cidade. Mary Karasch narra em A vida dos escravos no Rio de Janeiro que com a aproximação da polícia os quilombolas sempre fugiam, mesmo sabendo que tudo que não conseguissem carregar seria inutilizado pelos guardas, e depois voltavam. <br />Nos Estados Unidos, o povoamento mais denso e a menor oferta de refúgios naturais certamente dificultaram esta modalidade de resistência. <br />As relações entre os fugitivos e a sociedade ao seu redor, sem dúvida, não eram as mesmas. Nos EUA havia uma coesão política da comunidade branca sem correspondência no Brasil. Talvez eu não esteja de todo certo, mas a impressão que retive das poucas leituras que fiz sobre o assunto é a de que quase todos os brancos norte-americanos, inclusive os miseráveis, se solidarizavam no intuito de defender a ordem mantendo a "hierarquia das raças". No Brasil, um negociante que tivesse chumbo e pólvora em seus armazéns, podendo vendê-los com bom ágio a escravos fugitivos, na maioria dos casos não hesitaria em fazê-lo. Existem inúmeros registros na historiografia de relações de comércio quase convencionais entre quilombos e povoações vizinhas integradas à sociedade colonial ou imperial.<br />Não devemos relevar outro fato: os quilombolas constantemente transitavam entre indivíduos forros, negros livres e mesmo escravos com maior mobilidade do que a maioria, muitas vezes sem que ficasse claro quem era quem. Nos EUA, em determinadas regiões negro era sinônimo de escravo, impedindo estas "ambiguidades".<br />(continua) Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-66453322481336678972013-07-07T19:12:04.126-03:002013-07-07T19:12:04.126-03:00Há topônimos com o nome de quilombos por toda a pa...Há topônimos com o nome de quilombos por toda a parte neste país. Outro dia mesmo eu fiz uma caminhada até o Pico do Quilombo no Parque da Pedra Branca, sinal de que um dia já existiu um quilombo lá. Mas a própria abundância e "quilombos" já desperta alguns questionamentos.<br /><br />Primeiro, como se explica que um país supostamente tão cruel e intolerante com escravos tenha tido um sortimento tão vasto de quilombos? Por que eles não eram todos destruídos, simplesmente? Note que nos EUA, país que teve um percentual de população escrava muito inferior ao brasileiro, jamais existiu uma coisa análoga a um quilombo, o que leva a concluir que todos os escravos fugitivos ali foram recapturados.<br /><br />A conclusão a que eu chego é que a abundância de escravos no Brasil gerava um excedente que o próprio senhor abandonava ou libertava por não ter como sustentar, ou então deixava fugir e não se esforçava por recapturar, e que os ditos quilombos que abundam por aí somente foram de fato esconderijo de escravos fugidos em um passado remoto, depois tornaram-se residência de escravos libertos e refúgio de marginais, a julgar pelo número de ocorrência criminais atribuídas a quilombolas que você mostrou aqui. Por esse motivo, eu considero duvidosas as pretensões dos atuais "quilombolas" em se reivindicar como tal - vai ver, os ancestrais de muitos deles nem eram mais escravos quando se estabeleceram no suposto quilombo. No fundo, é como fazem os caboclos que se declaram tupinambás a fim de reivindicar um território demarcado para si. Aí tem muita esperteza.<br />Pedro Mundimhttp://www.pedromundim.netnoreply@blogger.com