tag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post7445882518359981159..comments2024-01-15T23:52:00.195-03:00Comments on História & Política: Para além da fábula da democracia racialGustavo Moreirahttp://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-74771858860902337092013-05-30T21:12:22.406-03:002013-05-30T21:12:22.406-03:00Agradeço mais uma vez, amigo, por prestigiar tanto...Agradeço mais uma vez, amigo, por prestigiar tanto. Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-15085918705438112962013-05-30T21:11:27.519-03:002013-05-30T21:11:27.519-03:00Não foi uma análise historicista, mas somente uma ...Não foi uma análise historicista, mas somente uma especulação, talvez realmente ruim. Você pode alegar com acerto que eu seria um mau novelista, mas por outro lado está se levando a sério em excesso. Insinuar que só existe conservadorismo entre anglo-saxões é uma tremenda bobagem. Apelar para o jurássico clichê de que funcionários públicos ganham bem sem trabalhar enquanto os demais se matam para receber ninharias, pior ainda. Para fechar o pacote, faz um uso sem nexo da categoria "escravidão".<br />Quanto a medidas que "têm seu preço", posso em tese estender seu raciocínio a praticamente tudo. Afinal, é impossível que qualquer política pública deixe de prejudicar determinados segmentos dos governados. <br />Enfim, registro que a sua intervenção já beira a mais pura trollagem. O texto "comentado" descreve situações de racismo cujos efeitos se perpetuam e aponta para a necessidade de combater o problema de frente. Em nenhum parágrafo proponho soluções assistencialistas ou utópicas, salvo imensa distorção interpretativa.<br />Mas já que entramos no terreno das interpretações, não deixa de ser estranho que ao ouvir falar em enfrentamento do racismo você pense de imediato em coerção estatal e restrições à liberdade. Um leitor mais passional eventualmente chegará a conclusões do tipo "Levi considera que barrar alguém no sistema de ensino ou no mercado de trabalho em decorrência de cor/raça/etnia pode ser um exercício legítimo do livre arbítrio". Felizmente, eu prefiro colher mais informações antes de formular sentenças tão repugnantes, e sobretudo diante de um fake de título tão imponente. Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-31067899540905997382013-05-29T19:33:04.683-03:002013-05-29T19:33:04.683-03:00Gustavo, o seu site é demais. É disparado o mais l...Gustavo, o seu site é demais. É disparado o mais lucido e sóbrio site progressista da internet. Continue assim Brother.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/09607492113681435754noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-67598939742328407042013-05-29T18:24:56.904-03:002013-05-29T18:24:56.904-03:00(Branquelo do Faustão)
Suas análises historicist...(Branquelo do Faustão)<br /> <br />Suas análises historicistas a meu respeito estão tão, elmachipsiosamete, com todo glutamato monossódico que se tem direito, distantes quanto àquelas que se encontram singularmente em suas postagens. Conservadorismo? Eu? Isso é coisa de Lordes Britânicos ou de Capitalistas Americanos! A Única coisa que tento conservar é o pouco de dignidade e, também, um pouco daquilo que ganho com o meu esforço próprio, afinal de contas, não sou funcionário público.<br /><br />Agora, “Toda igualdade possível”, meu caro, tem seu preço! A conta deveria ir inexoravelmente para os voluntários ou para aqueles assistencialistas de carteirinha. Isto também serve para as relações sociais, diz respeito à coerção e à liberdade. Extorquir de terceiros em nome do social é uma forma de escravidão tão lastimável quanto outra qualquer. Principalmente, tendo o Estado como mediador. Meu caro, acredito em suas boas intenções, mas a realidade não é virtual e as utopias deveriam permanecer somente nas mentes dos Morus (loucos). <br />Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/11638794590552248117noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-19169100597317081852013-05-29T11:46:06.168-03:002013-05-29T11:46:06.168-03:00Permita-me fazer uso de uma franqueza semelhante à...Permita-me fazer uso de uma franqueza semelhante à sua. Em primeiro lugar, revela má leitura, visto que o texto não é sobre escravidão e muito menos sobre cobrança de passivos do cativeiro. Em segundo, você se apresenta como mais um adepto do conservadorismo por inércia: admite que há processos discriminatórios, mas como também sabe que o combate a eles produzirá resistência, deseja que nada seja feito, possivelmente para que ninguém perturbe sua leitura da Veja e/ou o Domingão do Faustão com batatas chips. Cada um com suas inclinações, mas eu prefiro investir na igualdade possível, visto que as relações sociais nada têm de estáticas. Em terceiro, já vi muitos argumentos apelativos, mas a sua fala "eu também sou chamado de branquelo" foi dose! Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-25192851070301833082013-05-28T18:42:45.250-03:002013-05-28T18:42:45.250-03:00Este igualitarismo sistemático imposto pelo estado...Este igualitarismo sistemático imposto pelo estado tenta forçar uma igualdade que nunca existirá, pelo menos nessa trivial dimensão. Meu caro! Eu não sou racista, fui criado num bairro pobre e a maioria de meus amigos me chamava de branquelo (até hoje). Mas, sobre a tal cota, não vejo futuro em nenhum tipo de socialismo ou programa deste tipo. Quando a escravidão acabou, nem meus avós eram nascidos, portanto, logicamente, não concordo com este tipo de coitadismo histórico, e nem com qualquer tipo de política abrangente querendo por a mão nos meus bolsos como se eu fosse culpado por tudo de ruim que existe felizmente neste áspero universo. Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-75967020613693053192013-05-26T17:37:28.569-03:002013-05-26T17:37:28.569-03:00Para concluir uma sessão que já se tornou longa em...Para concluir uma sessão que já se tornou longa em excesso, preciso destacar que não propus no texto a "cópia" da ação afirmativa como se estabeleceu nos Estados Unidos. Quem desejar saber o que penso sobre cotas pode ler a postagem de 2 de abril de 2012, neste link:<br /><br />http://gustavoacmoreira.blogspot.com.br/2012/04/algumas-consideracoes-sobre-cotas.html<br /><br />Mas repito que a superação do racismo não passa por sua negação ou pela minimização de seus efeitos, o que parece ser a posição de Pedro Mundim. <br /><br /><br /><br /><br />Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-72810173336697092232013-05-26T17:25:36.666-03:002013-05-26T17:25:36.666-03:00Ressalto mais algumas distorções e erros factuais,...Ressalto mais algumas distorções e erros factuais, que atribuo a uma certa ansiedade na busca por argumentos. É falsa a ideia de que os negros norte-americanos não tinham acesso à escola na primeira metade do século XX. O que ocorria era a segregação, a existência de escolas para brancos e escolas para negros. Não tenho no momento dados sobre o assunto, mas não ficaria nada surpreso se constatasse que os negros americanos da época da Segunda Guerra possuíam um nível de instrução superior ao dos brasileiros em geral. A título de "interesse histórico", vale registrar que muitos escravos deixaram, nos Estados Unidos, memórias de seu cativeiro, fato raro ou inexistente no Brasil, onde somente 1% da escravatura, aproximadamente, era capaz de ler e escrever.<br />A alegação de que a maioria dos negros brasileiros vivia no meio rural não dá resposta ao que discutimos. Perceba que dois dos três "casos" mencionados dizem respeito ao Rio e Salvador, duas metrópoles habitadas por imensos contingentes negros.<br />Não procede, igualmente, a afirmativa de que há poucos negros aptos a ingressar no ensino superior. A mera observação das estatísticas dos últimos anos, que mostram o crescimento de sua presença nos bancos universitários,basta para comprová-lo. Abundam os estudos a respeito do desempenho superior ou inferior dos que são cotistas, mas o fato é que não temos nenhuma calamidade em curso. O ensino superior do Brasil continua, a grosso modo, com as deficiências que já conhecíamos. Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-34255682632079530342013-05-26T17:01:48.104-03:002013-05-26T17:01:48.104-03:00Permita-me dizer, Pedro Mundim, que o comentário é...Permita-me dizer, Pedro Mundim, que o comentário é muito pouco cartesiano e deriva sobretudo das suas escolhas ideológicas e daquilo em que quer acreditar. Note que não me refiro às ordenações que discriminavam os pardos, mouriscos e cristãos-novos no século XVIII e sim a processos corriqueiros no século XX, dos quais ainda há muitas testemunhas vivas.<br />Não faz sentido, portanto, alegar que o assunto está morto e sepultado, exceto como curiosidade histórica, quando milhões de pessoas da nossa faixa etária são filhas dos que ficaram sem escola nas décadas de 30 e 40. Nem o mais otimista dos arautos do individualismo se atreveria a negar que o analfabetismo e a consequente pobreza dos pais empurraram para baixo o seu nível de oportunidades e expectativas. <br />O quadro descrito também desqualifica o que você chamou de critério meritocrático. Para haver meritocracia no acesso ao ensino superior, seria necessário que toda a população dispusesse, só para começar, de escolas próximas do ideal nos ensinos fundamental e médio, o que por enquanto não passa de utopia. O que vemos, ao contrário, é uma corrida em que a maioria parte do marco zero, outros da metade da pista e uma pequena maioria só precisa correr os últimos cem metros. Gustavo Moreirahttps://www.blogger.com/profile/10817279058761189885noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1463973047255826919.post-39025851333964062752013-05-24T12:28:05.895-03:002013-05-24T12:28:05.895-03:00Não duvido que esses casos que você citou tenham o...Não duvido que esses casos que você citou tenham ocorrido, e com certeza não foram os únicos, mas hoje em dia eles só têm interesse histórico. É uma fantasia acreditar que, na época atual, episódios de discriminação análogos ainda aconteçam nas escolas públicas do país, e que constituam um fator importante para entender a diferença social entre negros e brancos no presente. No passado, a grande maioria nos negros não estudava, não por ser discriminada, mas porque viviam na roça, muito longe de qualquer escola. Diferente do que acontecia nos EUA na mesma época, onde já havia uma grande oferta de escolas públicas, mas cujo ingresso era vetado aos negros.<br /><br />Devemos copiar o remédio norte-americano - as ações afirmativas - se o nosso caso não é igual ao deles? Aqui não há multidões de negros perfeitamente aptos a cursar nível superior, como nos EUA dos anos 60. A grande maioria dos negros brasileiros não está apta a entrar para uma universidade, e se você conhece a escola pública brasileira, com certeza sabe o motivo.<br /><br />Passando ao largo das discussões acerca da justiça e da necessidade de compensações pelos erros do passado, chamo a atenção para o fato de que o atual critério da meritocracia não é um critério subjetivo, neutro ou aleatório, mas sim um critério cartesiano, ligado a uma cadeia de causas e conseqüências, que persegue um propósito declarado - a excelência do ensino. Todos sabemos muito bem que um aluno despreparado cursar com aproveitamento um curso superior é uma impossibilidade cabal. Como também sabemos que um aluno bem preparado, uma vez formado, terá maior probabilidade de se tornar um bom profissional do que um aluno mal preparado.<br /><br />Podemos ir contra um critério cartesiano? Claro que podemos, aliás, não só podemos como já o temos feito. Mas há uma diferença. Ir contra um critério subjetivo resulta em, no máximo, ter a oposição daqueles que criaram tal critério. Ir contra um critério cartesiano resulta em bater de cara contra aquilo que os filósofos chamam a estrutura da realidade. Podemos, por exemplo, declarar que não reconhecemos as leis da termodinâmica, e que vamos subir o morro pisando com toda a força, mas sabemos que o resultado inevitável vai ser o motor ferver. No caso das cotas, sabemos que o resultado inevitável será que, em alguma medida, o nível dos profissionais formados vai cair.<br /><br />Não é uma medida aconselhável nesse mundo em que já está mais que provado que o único meio viável que os países ditos emergentes têm de alcançar os mais ricos é pelo incremento, e não decremento da qualidade do ensino. Mas a meu ver, o ensino brasileiro já é tão fraco, mesmo sem cotas, e a quantidade de negros aptos a disputar uma vaga nas universidades é tão pequena, mesmo com cotas, que acredito que no fim das contas o nível acadêmico dos estudantes cotistas não será muito diferente dos estudantes não-cotistas, e talvez nem mesmo o nível social seja muito diferente. Se é isso o que vai acontecer, as cotas podem prestar-se a seu papel de peça de propaganda sem riscos exagerados - vão fazer apenas o ensino brasileiro afundar um pouco mais. Disto não passa.<br />Pedro Mundimhttp://www.pedromundim.netnoreply@blogger.com