quarta-feira, 20 de março de 2013

Direita, fascismo e racismo: uma conexão brasileira


A democracia contemporânea funda-se sobre o princípio pelo qual todos os indivíduos são considerados titulares de direitos inalienáveis, independentemente da raça, do patrimônio e do gênero (ou sexo) e, portanto, pressupõe a superação das três grandes discriminações (racial, patrimonial e sexual) ainda vivas e vitais à véspera de outubro de 1917. 

(Domenico Losurdo.  Fuga da História? A Revolução Russa e a Revolução Chinesa vistas de hoje.  Rio de Janeiro: Revan, 2004, p. 99/100)


        Encontro em excursão despretensiosa pela Internet uma página do Facebook denominada "Orgulho Eurodescendente", cujas propostas declaradas são o culto às realizações materiais e espirituais dos povos europeus e de seus descendentes e a denúncia das situações de racismo contra pessoas brancas.  Seu administrador, no  provável intento de desvincular o movimento dos grupos neonazistas ou similares, expõe uma suposta rejeição ao proselitismo racista, especialmente se associado à violência física.         




         Na postagem que copio abaixo, escolhida entre muitas possibilidades, o caráter direitista da "comunidade" é evidenciado no mais puro estilo Alborghetti.  Os marxistas não apenas são convidados a ficar de fora do combate à "eurofobia" como também se tornam suspeitos de viver em permanente estado de alucinação química.       




          A máscara democrática do "Orgulho" não resiste a uma investigação superficial.  Um link compartilhado com os seguidores no último Ano Novo revela a previsível simpatia pelo partido neofascista francês Front National, fundado pelo notório racista Jean-Marie Le Pen.  


     O administrador, em trecho de protesto contra "acusações injustas", deixa ainda mais óbvia uma filosofia de matriz fascista.  Ele se vangloria de localizar suas raízes familiares nas populações que historicamente estiveram "no domínio", tal como os mussolinianos que enalteciam as campanhas de conquista e recordavam a grandeza do Império Romano, toscamente relacionado à monarquia italiana das primeiras décadas do século XX.   



      "Orgulho Eurodescendente" também é bastante sincero nas convicções belicistas.  Podemos notar em diversas publicações a fascinação por armas e guerreiros, em particular cruzados e participantes da conquista da América.  Nesta imagem, vemos a mistificação que vincula a personalidade militarista a um determinado sangue.    


     Mais uma vez investindo contra a esquerda, "Orgulho" enaltece o espanhol Hernán Cortés, aventureiro faminto por metais preciosos que agiu à revelia de seus superiores na invasão do Império Asteca.  Apesar de ter comandado a destruição de uma das maiores cidades de seu tempo, Tenochtitlán, Cortés é vendido como "herói civilizador". 




         O leitor que me acompanhou até aqui não se surpreenderá com a sintonia fina do indivíduo, não casualmente anônimo, com a ala mais reacionária do franquismo.  Ele publica uma poesia, aliás de péssima qualidade, ufanista a respeito das guerras empreendidas pela monarquia espanhola.  A referência à Reconquista como uma luta contra os infiéis dispensa comentários. 

                                                


      Como o que é péssimo continua sujeito a piora, "Orgulho" avança em sua faceta discriminatória.  Diante da descoberta das origens norte-africanas de Zenedine Zidane, ele simplesmente "cassa" a cidadania francesa do ex-jogador, "tão francês quanto um rato nascido em forno é um biscoito".
  



           Em outro ato falho,  adotando o modelo de discurso que os próprios panfletários direitistas classificam como "vitimismo", "Orgulho" se queixa da presumida perseguição contra os defensores da "cultura branca".  Poderíamos perguntar-lhe o que torna idênticos culturalmente um católico francês, um muçulmano de Sarajevo e um materialista russo do tipo Anatoly Karpov.  Até que os elementos que devem ser salvos dos "bárbaros" estejam claramente definidos, fica a impressão de que talvez certos brancos não façam parte da "cultura branca" idealizada. Porém, mais interessante é perceber o extremado racismo implícito na propaganda: sugere-se a proteção ao "sangue branco" (repulsa à miscigenação?), enquanto os judeus, ao que parece, são deslocados da condição de brancos.        

                                                   
         Finalizo, digamos assim, com a cereja do bolo.  Nestes parágrafos de autoria obscura divulgados pelo entusiasmado direitista, recria-se a fantasia de uma civilização egípcia inteiramente elaborada por caucasianos perfeitos.  A decadência da antiga nação dos faraós e o subdesenvolvimento do Egito contemporâneo são relacionados, sem rodeios, à progressiva infusão do sangue negro africano.   




            Ainda bem que "Orgulho Eurodescendente" não é racista.  Mesmo que fosse, eu pensaria duas vezes antes de dizê-lo, pois ele já adianta (ver quarta ilustração abaixo da capa) que contra calúnias apela de imediato à Justiça.  Espero, então, que aprecie meu recurso ao extraordinário europeu e incontestável caucasiano que é Domenico Losurdo. 

40 comentários:

  1. Que ridícula reportagem!! Nós, eurodescendentes, devemos nos envergonhar das nossas raízes? Devemos ser esquerdistas para agradar essa geração do politicamente correto?
    Por que deveríamos ser esquerda se é a esquerda quem está incitando o racismo atualmente?

    ResponderExcluir
  2. Veja bem o que coloquei no início do post:


    "Encontro em excursão despretensiosa pela Internet uma página do Facebook denominada "Orgulho Eurodescendente", cujas propostas declaradas são o culto às realizações materiais e espirituais dos povos europeus e de seus descendentes e a denúncia das situações de racismo contra pessoas brancas."


    Em nenhum momento insinuei que estas realizações devem ser desprezadas ou que o racismo contra brancos é tolerável, e sim que a orientação da página do Facebook é fortemente racista. Agradecerei quando criticar o que realmente digo.

    ResponderExcluir
  3. viu primeiramente deveria denunciar paginas criada por negros,e que são severamente racista contra os brancos depois você pode querer criticar alguém que na verdade só fala o quanto tem orgulho de ter sangue europeu assim como tenho orgulho do pai que tenho ou da cidade aonde nasci...Você senhor,não tem orgulho de sua mãe?Pois para nos eurodescendentes nossa mãe é a Europa ... então não tente menosprezar ou fazer falsas insinuações pois isso é contra até mesmo seus valores!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Decidir por mim o que tenho que denunciar primeiro é puro autoritarismo e não faz sentido. O que critiquei não foi o amor à Europa, e sim o belicismo, o reacionarismo, as insinuações de supremacia étnica. Preciso chamar um desenhista?

      Excluir
  4. não passa de sensacionalismo...não tem nada a ver...não dizem que é democracia?...todo mundo tem que poder falar o tempo todo também...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu não disse que deveriam calar a boca. Mas tenho o direito de analisar uma página que é pública, a não ser que o seu conceito de democracia seja o do Dr. Malan.

      Excluir
  5. não se esqueçam da liberdade de expressão...tentar oprimir e proibir é um outro tipo de escravidão...parece que tem gente que não tem o que fazer, nem gosta de trabalhar...rsrs...rsrs...mas, que falta de assunto mais séria...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Liberdade de expressão implica em assumir a responsabilidade pelo que se expressa. Simples assim. De resto, não parece coisa de gente muito ocupada escrever compulsivamente em espaço de comentários a primeira bobagem que lhe vem à cabeça.

      Excluir
    2. Ninguém pode reivindicar pra si direitos inerentes a todos, é uma premissa básica de democracia. Não acatando esse princípio, fazem de tudo pra manter o status quo.

      Excluir
  6. não vejo como possa a ver racismo nesta comunidade .eu mesmo la deixei de participar por não concordar com os inumeros casais interraciais que la circulam.
    aquela pagina certamente é gerenciada por um white-pardo (não- branco que se acha branco) só assim para explicar os 90% de membros mestiços da mesma.


    não se preocupe,la não existi nenhum orgulho eurodescendente.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Como tudo no mundo da política, o racismo tem gradações. Alguns até se sentem bem em exprimir suas ideias e passam recibo de que são racistas. Mas geralmente optam pelo anonimato.

      Excluir
  7. É preciso distinguir racismo de racialismo. O racialismo é a crença de que a raça é um fator determinante na identidade de um grupo de pessoas, assinala uma diferença definitiva e possui significado histórico. Desta forma, o racialismo pode ser uma ferramenta teórica para as ciências sociais, ou pelo menos um viés. O racialismo torna-se racismo se a noção de pertencer a uma raça distinta materializa-se em uma atitude hostil em relação às outras raças, mas a princípio racismo e racialismo não são sinônimos.

    Desta forma, simplesmente enaltecer os bons atributos e as grandes realizações de uma raça (com fundamento ou não) pode ser definido como racialismo, e não como racismo. O racismo só existe quando se passa ao ataque às outras raças. Os post's desses grupos tipo Orgulho Euro-Descendente são basicamente racialistas, e na verdade, até pelo nome, podem ser considerados uma reação contra atitude idêntica que tem sido tomada por grupos afro-descendentes.

    O racialismo não me agrada. Além de ser facilmente convertido em racismo, eu o considero, no mínimo, uma idéia equivocada. Existem, sim, bons e maus atributos que podem ser assinalados a determinados povos, bem como uma relação superior-inferior em termos de excelência cultural, científica, econômica e militar quando se compara um povo com outro (seria hipócrita negar) mas parece-me primário apontar fatos biológicos, tipo a raça, como sendo a causa dessas diferenças. Ninguém jamais conseguiu provar isso. E o que me repugna mais no racialismo, é o caráter irrevogável da identidade assim definida: a raça é um atributo inato, que não depende da vontade do indivíduo. Pode-se mudar de partido, de time de futebol, de religião, de ideologia, mas não se pode mudar de raça (bom, tem o exemplo do Michael Jackson, mas é a exceção que confirma a regra).

    ResponderExcluir
  8. Lamento desapontá-lo, mas quando um membro da comunidade diz que miscigenação é procriação mal planejada, outro que Zidane não é francês porque descende de árabes e um terceiro que os negros insatisfeitos com o status quo devem voltar para a África, todos estão sendo racistas em grau elevado. Não é preciso haver linchamento para existir racismo.

    ResponderExcluir
  9. Sobre "fatos biológicos", podemos ir adiante e constatar que a grande maioria dos biólogos e geneticistas rejeita a categoria "raça" no que diz respeito à espécie humana. Quanto a Michael Jackson, ele mudou de cor, não de identidade étnica. A não ser que entremos no terreno de um pretendido antirracialismo segundo o qual só é negro quem tem a pele do tom das antigas bolachas de vinil.

    ResponderExcluir
  10. Fui visitar a página por curiosidade e posso garantir q não há a mínima necessidade de vc se preocupar.

    Boa parte dos membros é claramente miscigenada, Inclusive,o marido europeu da moça que aparece no print pedindo para entrar no grupo é claramente negro.

    No meu ponto de vista, tais fatos não invalidam a proposta do grupo que é " orgulho eurodescendente", visto que um "mulato" tanto é afrodescendente qto eurodescendente.

    No mais segue a vida.

    Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Devo informá-lo que a página foi excluída pelo Facebook (não por denúncia da minha parte) e depois reaberta, provavelmente com muito mais cuidado. Você não deve mais encontrar as citações tenebrosas por lá. Sobre miscigenação e racismo, permita-me discordar: um mulato pode ser racista antinegro ou antibranco, visto que identidades étnicas não derivam necessariamente dos fatos "biológicos". Será inútil procurar alguma coerência nisto, até porque o racismo costuma partir do lado emocional e não do racional. Dois dos maiores defensores da ideia da inferioridade dos negros no Brasil, Oliveira Vianna e Nina Rodrigues, foram evidentes mestiços sob o critério da aparência física. Eu poderia apontar, inclusive, pelo menos um mulato que desprezava tanto brancos quanto negros, o jornalista Apulcho de Castro, assassinado no Rio de Janeiro em 1883.

      Excluir
  11. Olá. Acho que você precisa investigar a página mais a fundo, pois eu ainda não encontrei o racismo.

    1) Ser anti-esquerdista não é racismo.
    2) Achar que a Le Pen é fascista é uma opinião sua. Ela é líder de um partido totalmente legítimo segundo a legislação francesa e que inclusive goza de cada vez mais popularidade no país. A série de vídeos produzida pelo partido é um alerta contra o padrão duplo no combate ao racismo, em que organizações como a SOS Racisme orienta a classificar qualquer crime de branco contra negro como racismo e simplesmente não permite que crimes de negros contra brancos, por mais patente que seja a motivação racial, seja classificado como racismo.

    3) Eu não entendi qual o problema de se orgulhar de ser o dominante, e não o dominado. Pergunta para qualquer corintiano na rua se ele gosta mais de quando o time perde para o Palmeiras ou de quando o time é campeão mundial e o rival rebaixado. Experiência antropológica interessante para qualquer esquerdopata liberal.

    4) Por mais que você discorde, isso também não chega a ser racismo. É normal que as pessoas se orgulhem desse tipo de coisa. Pergunte a um turco se ele não tem orgulho do império otomano ou a um mexicano se ele não tem orgulho do império azteca, ou a um cidadão do Mali se ele não acha Timbuktu o ápice. Mas, aparentemente, só os impérios dos brancos são maus.

    5) Por mais que você ache o Cortez alguém inerentemente mau, ele com certeza foi um homem de seu tempo e merece ter sua história contada em sua integralidade. As partes boas e as ruins. Ou vai censurar? Ou vai dizer que a esquerda não fica feliz que nem pinto no lixo com caras como Che Guevara ou até mesmo Stalin?

    6) Qual exatamente é o problema de exaltar a reconquista? Quer dizer, se os espanhóis invadem a América eles são maus, se eles são invadidos pelos árabes eles também são maus. O que eles têm que fazer? Desaparecer? Quanto à poesia ruim, isso me faz lembrar uma página de orgulho negro que postava poemas lindos com expressões como "estuprarei-te" (sic) em referência a crianças brancas.

    7) Zidane não é etnicamente francês. Quer que eu te apresente o conceito de "ius sanguini"?

    8) Não sei se você sabe, mas o branco está em vias de extinção, graças às políticas de imigração em massa para a Europa, o feminismo que praticamente ruiu a instituição do casamento, o estímulo ao homossexualismo e ao aborto (que são coisas que curiosamente só existem nos países ocidentais). Assim como existem páginas de orgulho negro que se opõem à miscigenação, existem páginas de orgulho branco que fazem o mesmo. Mas os negros podem, mesmo que eles não estejam em vias de extinção, os brancos não. Aproveita e dá uma olhada na definição que a ONU dá a genocídio.

    9) Páginas de orgulho negro também vivem levantando a hipótese absurda de que os egípcios eram típicos subsaarianos. Mas quando são eles que fazem, ninguém liga, não é mesmo? No mais, isso é só uma teoria idiota, como zilhões que são postadas na internet todos os dias. Está fazendo uma campanha para acabar com as teorias sem fundamento na internet? hahahahahahah Comece por seu próprio blog.

    ResponderExcluir
  12. 1)Ser contra a esquerda não é racismo, mas declarar orgulho em descender dos dominantes, com base em critérios raciais, é. A não ser que se adote a patética tese de que só há racismo quando ocorre violência física.
    2)Achar que Le Pen é fascista é uma opinião minha e de milhões de pessoas que enxergam o óbvio. O fato de um partido ter registro legal não impede que o mesmo defenda projetos similares aos que foram vencidos na Segunda Guerra. Também não preciso gastar discurso para demonstrar que fascistas podem alcançar grande popularidade, dependendo do contexto. Não vi os vídeos do Front National, mas note que você se trai ao apresentar as querelas étnicas da França como um problema entre brancos e negros, quando os conflitos que ocorrem naquele país tendem, na maior parte, a opor europeus de cultura ocidental a marroquinos, argelinos e tunisianos muçulmanos. Posso suspeitar com fundamento do seu próprio racismo, quando engloba todos os não-brancos, ou não-ocidentais, na categoria "negros".
    3)O orgulho de ser o dominante fatalmente conduz à legitimação da opressão, da lei do mais forte. Você pode gostar, mas eu pretendo contribuir para a destruição do programa. Joguemos, então, cada um com suas armas.

    ResponderExcluir
  13. 4)O orgulho de pertencer a um Estado outrora poderoso não é necessariamente racista, mas é uma ótima base para a construção de projetos expansionistas ou de opressão contra etnias subjugadas. Ao invés de sonhar com a impossível restauração do Império Otomano, o turco do seu enredo deveria questionar o contínuo apoio de seus governos às investidas da OTAN contra os povos do Oriente Médio. Também é absurda a afirmativa de que para a esquerda só os "impérios do brancos são maus". Não será difícil para você encontrar visões pouco lisonjeiras, em autores de esquerda, da expansão militar japonesa do século XX. Em nenhum momento eu disse que Montezuma e Atahualpa foram protocampeões dos direitos humanos, mas as estruturas de dominação que comandavam estão extintas há séculos. Por outro lado, a estratificação étnica derivada da colonização ibérica ainda está viva, operante e deve ser continuamente criticada.
    5)A questão não é classificar, com base em juízos de valor, Cortés como bonzinho ou ruinzinho, mas desmistificar as versões que tentam encobrir o óbvio: a colonização destruiu fisicamente grande parte dos povos americanos, tomou-lhes as possibilidades de autogoverno e impôs um processo de aculturação bastante violento. De resto, devo dizer que há enorme diferença qualitativa entre o uso da força para estabelecer uma conquista territorial, um processo de opressão política, econômica e étnica, e o uso da força para solapar esta mesma opressão.
    6)O problema não é afirmar a identidade nacional espanhola ou a construção do Estado espanhol, mas a evidente intenção de produzir, muitos séculos mais tarde, animosidade contra os "infiéis". Além disto, temos uma exaltação da guerra bem no estilo do fascismo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. 7)Charles Aznavour era etnicamente armênio, e Nicolas Sarkozy descendente de ciganos húngaros. Por que se questiona apenas a nacionalidade do francês filho de árabes?
      8)As políticas de imigração para a Europa são determinadas pelos próprios Estados europeus. Não há uma invasão territorial em curso, e os imigrantes em regra são mantidos em posições socialmente inferiores. O pretendido "genocídio branco" é pura retórica vazia. Os paquistaneses de Londres estão matando os "ingleses étnicos"? Os equatorianos de Madri estão removendo os "espanhóis étnicos" das comunidades em que moram? Os turcos de Berlim estão esterilizando os "alemães étnicos"? Poupe-nos de tanta demagogia! Para haver genocídio, é preciso que se identifique no mínimo intencionalidade...
      As teses de que só há gays e aborteiros no Ocidente e de que os ocidentais deixaram de ter filhos por causa do feminismo ficam na conta do humor involuntário.
      9)A tentativa de negar que havia caucasoides entre os primeiros povoadores do Egito também é uma mistificação, mas nunca vi este discurso entre os movimentos negros do Brasil. É evidente que pode existir racismo de negros contra brancos, e quando for constatado deve ser tão criminalizado quanto o racismo de brancos contra negros. Porém, o que se verifica, na maioria dos casos, é que as páginas de orgulho negro fazem a crítica das hierarquias étnicas e pregam a igualdade. A exaltação de faraós com características físicas "subsaarianas" tende muito mais a difundir entre os negros a ideia de que não estão condenados a uma inferioridade "natural" do que ao projeto de uma dominação invertida. Páginas de orgulho branco como a que eu citei na matéria, ao contrário, tendem a reafirmar a desigualdade, étnica, econômica, de gênero. Não é de graça que se colocam tão à direita.

      Excluir
  14. Suas críticas são fortemente imbuídas de um espírito marxista totalitário e genocida que vê na direita politica algo de "classes dominantes", ora o proprio Marx e Engels eram nada mais que burgueses de origem industrial.

    O fato da maioria dos membros do Orgulho Branco/eurodescendente serem contra a esquerda, vem do fato de que o marxismo se uniu ao movimento negro afim de fomentar não somente a luta de classes e sim a luta de raças, originando uma tensão e ódio racial tanto de brancos contra negros assim como negros contra brancos, Matilde Ribeiro, ministra da (des)igualdade racial que o diga.

    A página não é racista, se for então a página do movimento negro também é pois caso ignores, o fato é que existe uma certa "desavença" entre o Nação Mestiça e o Movimento Negro pois este último ataca injustamente o primeiro de fazer apologia à miscigenação, o que para eles resultaria em aculturação e perda da identidade afro, ou ainda que o Naçao Mestiça estaria supostamente buscando politicas de "europeizaçao" tal como ocorrera no inicio do seculo XX. Entao, se estiver criticando o Orgulho Branco de racismo por nao aprovar a miscigenaçao ou aculturaçao, que critiques da mesma forma o Movimento Negro que tem os mesmos pensamentos.

    Concomitantemente, não há qualquer forma de incentivo à injuria racial ou a violencia fisica e moral a outras raças existentes. Tampouco encontra-se no sítio virtual a obrigação imposta pela legislaçao de apologia ao nazismo, como divulgaçao de ideias, e não de aprresentar um fato histórico. Em suma, o portal deixa bem claro que não é adepto do nazismo e muito menos aceitaria apologia a este, mesmo que não concordassem com a restriçao da liberdade de expressao que por esta lei é imposta.

    Resumindo, o marxismo é entre outras coisas uma teoria politica medíocre, antidemocrática, ferozmente contra o sufrãgio universal, intolerante com relação à religião e faz uso da violencia como meio essencial para atingir metas politicas, quem afirma isto não sou eu e nem também o que a historia mostra acerca dos bárbaros regimes comunistas, mas quem é contra essas ideias fundamentais ao Estado democratico de direito é primeiramente Marx e Engels. Podes verificar no proprio Manifesto Comunista e em Gotha: Criticas ao projeto do Partido Operario Alemão.
    O que sucede é que os marxistas vitimizaram os negros e retiram aos poucos a integridade e o valor moral do povo afrodescendente com politicas vergonhosas como cotas racias, revistas só para negros, canais de tv para o publico negro, escolas para afrodescendentes, e não demorará muito e o Apartheid voltará, ou melhor, ja estã voltando com essa segregaçao velada de "medidas afirmativas", de interesse e propósitos questionãveis e puramente discriminatórias.

    Não se pode calar diante dessas situaçoes constrangedoras a todos os brasileiros independente de raça, etnia ou cor. Por isso apoio integralmente a liberdade de expressão a que os membros e administradores do grupo Orgulho Branco podem e devem usufruir, e sempre, claro, fomentando o respeito às diferenças e a uma conduta pacífica e de critica social.
    Quem os censura por racismo possui extrema ignorancia e nega as faculdades do direito humano de se orgulhar de suas raízes culturais, étnicas e raciais de forma consciente e democrática.

    ABAIXO À CENSURA! TODOS PODEM E DEVEM SE ORGULHAR DE QUEM SÃO!

    Orgulho Branco nao é racismo!

    Leandro César, estudante de Direito e filho de mãe historiadora que inclusive apoia o grupo Orgulho Branco e que não ve racismo algum nisso.

    Obrigado.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Por etapas:
      Você reclama das minhas acusações, "documentadas", sobre o racismo praticado pela comunidade, mas na sequência me acusa de tendências genocidas sem que eu tenha pregado a morte de um mosquito sequer. Não temos aqui uma certa incoerência?
      Marx era graduado em Filosofia e filho de um advogado descendente de rabinos. A origem industrial dele é pura ficção da sua parte. Quanto à direita política, não resta dúvidas de que sua função essencial é preservar o poder político e econômico das classes dominantes. A não ser que se coloque, numa perspectiva alienante, questões como a proibição/legalização da maconha e o tamanho dos biquínis no centro da discussão política.
      Discordo da sua visão de que o Movimento Negro prega a luta de raças, quando ele muito mal consegue denunciar alguns episódios flagrantes de racismo. Na verdade, toda a direita sente um imenso mal estar, em alguns casos beirando o pânico, quando se vê diante de qualquer apelo, mesmo que puramente retórico, à igualdade de oportunidades.
      [continua]

      Excluir
    2. Para um futuro advogado, chega a ser pueril investir num argumento do tipo " se X é, Y então também será". A comunidade Orgulho de ser Branco é racista porque permite o desenvolvimento de discursos supremacistas e de resgates das teorias racistas "científicas", não porque o Gustavo Moreira quer, ou a partir da comparação com outras páginas. Claro que a "censura" do Facebook já amenizou bastante estas características, pois os "responsáveis" perceberam que, caso continuassem na linha anterior, sairiam em definitivo do ar.
      A referência a uma rivalidade entre o Movimento Negro e a Nação Mestiça passa por cima da visível desproporção de forças e de representatividade. A segunda, além de ser inexpressiva fora da Internet, investe numa argumentação inteiramente estapafúrdia, chegando a atropelar o princípio do jus solis para afirmar que o mestiço é o "verdadeiro brasileiro".
      Improcede também a tese de que o Movimento Negro rejeita a miscigenação, quando desde suas origens ficou claro que eram bem-vindas pessoas com qualquer proporção de sangue negro (ou índio). A dita aculturação que se combate, e aqui já caio nos riscos de exercer a "advocacia" sem habilitação ou delegação, é antes a desvalorização constante, em todos os níveis, dos elementos culturais de matriz africana.
      Só posso lamentar a estreiteza da sua visão jurídica caso restrinja a ocorrência de racismo às situações de violência física e injúria. Penso, ao contrário, que qualquer iniciativa mais ou menos consciente no sentido de manter as hierarquias "raciais", inclusive o reforço perverso de determinados estereótipos, já é racismo.
      [continua]

      Excluir
    3. Também não faz sentido alegar que uma comunidade ou movimento deixa de ser racista porque não faz apologia ao nazismo. O racismo precede em muito o nazismo, e tudo indica, infelizmente, que sobreviverá a ele. A propósito, não seria difícil encontrar membros da Orgulho de ser Branco com simpatias nazistas, e parece inexistir uma política de desencorajar o seu ingresso.
      As suas conclusões beiram o nonsense, a começar pela associação forçada entre denúncia do racismo contra o negro e "teoria marxista". Não nos faltariam exemplos do quanto movimentos negros podem ser burgueses e, aliás, é fácil recordar que as políticas de ação afirmativa foram criadas por liberais norte-americanos e, no Brasil, inicialmente reproduzidas por políticos tucanos . Da mesma maneira, "canais de TV e revistas só para negros", caso existam, serão iniciativas de determinados empresários, a não ser que me convença de que o capitalismo foi suprimido do país.
      Considero curiosa a sua afirmativa (ao lado de muitos outros) de que aos poucos se institui um apartheid, quando o que se promove (com muita resistência) é a inclusão, o convívio de pessoas com diferentes origens étnicas e de classe nos mesmos espaços, com as mesmas finalidades.
      Finalizo com uma opinião que já expressei em vários espaços: não é racismo se orgulhar dos escritores, artistas ou estadistas pertencentes a um determinado povo, ou de sua culinária, folclore, música, etc. Todavia, quando alguém se gaba de uma supremacia política conquistada pelas armas, da beleza física presumidamente superior do seu grupo, ou coisas semelhantes, o racismo é óbvio.
      Leandro, o seu comentário nos revela que estas questões não saem da ordem do dia. Devo, até certo ponto, agradecer também.

      Excluir
  15. http://ask.fm/integralismo32

    Pergunte sobre a doutrina integralista sem deturpaçoes da historiografia tradicional, se quiser veja o site da FIB e leia os manifestos e discursos de Plinio Salgado e veras que nao somos racistas, fascistas ou nazistas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Partirei da suposição de que você agiu de boa fé e não quis, simplesmente, plantar um spam nos comentários do meu blog. Mas note que está apresentando uma "defesa" sem que tenha ocorrido ataque. Não há no texto qualquer referência, nem das mais veladas, ao integralismo. Já que tocou no assunto, veja que todo movimento tem suas nuances:

      http://www.pph.uem.br/cih/anais/trabalhos/725.pdf

      É nessa perspectiva da “inversão de discurso” que Cruz caracteriza o racismo integralista. Um dos aspectos do racismo integralista destacado pela autora (e comumente abordado na historiografia sobre o tema) é o anti-semitismo. Para ela, o discurso integralista de “não assimilação” dos judeus é o ponto de partida de seu racismo contra esta etnia: não é o integralismo que rejeita o judaísmo, mas sim este, por seu caráter racista, que não quer ser assimilado na cultura brasileira. Assim, de acordo com a autora, o judaísmo seria um empecilho para a formação da “Nação Integral”. (CRUZ, 2004: 186). Para sua discussão, Cruz se baseia no discurso de Gustavo Barroso e destaca alguns integralistas que compartilhavam de sua visão anti-semita: Monteiro de Mello, Oswaldo Gouvêa, Arnor Butler Maciel, Arce Tenório D’Albuquerque, entre outros, enfatizando que para fundamentar seu discurso, os integralistas anti-semitas se baseavam especialmente na teoria da conspiração judaica, caracterizada pelo messianismo, na busca pela terra prometida. (CRUZ, 2004: 196).

      Excluir
    2. Uma postura desse tipo é sionista e nao judaica. Realmente os SIONISTAS adotam um comportamento antinacional o que fora criticado por varios integralistas como Gustavo Barroso.

      Nao ha antissemitismo no integralismo, qualquer judeu desde que nao seja comprometido com o sionismo nem a maçonaria pode ingressar tranquilamente em nossas fileiras. Esses argumentos precarios do sistema já ouço a tempos...

      Excluir
    3. Estas palavras são atribuídas a Gustavo Barroso:

      http://www.anovaordemmundial.com/2014/01/gustavo-barroso-maconaria-as-forcas.html

      Como de há muito, segundo estudos e documentos conhecidíssimos, a maçonaria esteja sob o domínio do judaísmo internacional, o maçom não passa, às vezes, sem se aperceber, dum escravo dos judeus. O judeu-judeu, o legítimo, age fora dos países, para comprá-los, escravizá-los, o maçom-judeu artificial age dentro de cada pátria, vendendo-a, auxiliando o trabalho da escravização.

      Caso não seja racismo, estaremos usando códigos incompatíveis.

      Excluir
  16. Desculpe, queria me referir a Engels quando disse burgues industrial.

    Realmente essa questao de se orgulhar por "dominaçao historica" revela uma mediocridade da parte do autor dessa afirmaçao, mas não há racismo nisso, e deve-se compreender que nem todos que participam desse grupo pensam do mesmo modo.

    Se alguns membros ou adminstradores do grupo demonstram um racismo velado ou algo do tipo, é apenas uma suposição sua, e minha também, mas claro, existem pessoas lá que não são racistas ou intolerantes a exemplo de minha namorada que participa do Orgulho Branco. Ela não discrimina ninguem e tem amigos das mais diversas raças e etnias, sem problema algum.

    O movimento negro no Brasil ainda não é bem estruturado e tampouco radical e racista como movimentos similares dos EUA, por exemplo. Lá, parte das organizações de afrodescendentes se inspiram e/ou tem membros ligados aos violentos Panteras Negras, e a denominaçoes inspiradas no racista Malcon X, este que pregava a violencia e a intolerancia contra outras raças e religoes não islamicas.

    Querendo ou não, o marxismo tem papel fundamental para a "luta de raças" que vemos no país, é claro que existe mais racismo contra negros do que brancos, mas o pensamento de culpar unicamente os brancos pela escravidao é um erro, visto que elites africanas e comerciantes judeus participaram ativamente desse acontecimento historico.

    A liberdade de expressão garante a legalidade da pagina Orgulho Branco/Eurodescendente, se alguns de seus membros sao racistas, neonazistas ou nao, isso é mera suposiçao, ja que juridicamente falando a pagina nao apresenta intolerancia racial ou étnica. Caso ela venha a ser dennciada e retirada do ar por alegaçoes nao fundamentadas ou pautadas num suposto"racismo velado", os que a denunciaram poderao responder por privaçao da liberdade de expressao e danos morais, ja vi acontecer casos assim em outros sites similares do Brasil, por isso, julgar precipitadamente pode ser ruim.

    Me orgulho de ser branco, mas acima de tudo me orgulho de ser brasileiro e por isso apoio mais o Naçao Mestiça, que alias, possui ligaçoes com os movimentos neointegralistas do qual faço parte.

    Eu entendo seu ponto de vista comunista de ver a situaçao, afinal ja fui marxista-leninista porém migrei para o integralismo por ve-lo como o melhor caminho revolucionario para o Brasil. Acredite nao sou burgues nem conservador, eu quero mudanças sociais, espirituais e morais para o meu país já! Ademais, foi um prazer debater com o senhor professor de historia, mas acredito que como em outros debates que ja fiz com outros intelectuais de esquerda, chegaremos num impasse. Essas questoes nao existe o certo e errado geralmente, o que existe é a enfase e balanceamento dado a certo aspecto, o que torna os debates subjetivos e infidáveis.

    Obrigado, espero ter representado bem o meu ponto de vista bem.como o de outras pessoas do Orgulho Branco que buscam um mundo igualitario, justo e na qual as pessoas sejam livres para se orgulhar do que sao, tanto fenopticamente, geneticamente, bem como as essenciais faculdades intelectuais e éticas do ser humano.

    Pelo bem do Brasil,

    Anauê!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O enaltecimento da "dominação histórica", da forma como está colocado, passa pelo viés racial e é, sem dúvida, uma manifestação de racismo, mesmo que não leve de imediato à violência física ou verbal. Não esqueçamos, igualmente, que a pretendida manutenção das relações de dominação sempre exigirá, em maior ou menor grau, o emprego da força.
      Os prints que fiz na época da publicação da matéria mostram que o racismo naquela comunidade é explícito. Racismo velado não deixa vestígios materiais. Isto não significa, obviamente, que todos os curtidores da página sejam nazistas perversos. Muita gente, possivelmente, assinalou um like no espaço correspondente apenas porque viu algum elogio ao país de origem do avô ou a alguma atividade cultural que aprecia.
      Quanto a outra questão, você se mostra basicamente indeciso, pois após afirmar nos primeiros comentários que "A página não é racista, se for então a página do movimento negro também é", registrou agora que "O movimento negro no Brasil ainda não é bem estruturado e tampouco radical e racista como movimentos similares dos EUA". Contradições deste tipo, digo mais uma vez, seriam fatais num tribunal.
      [continua]

      Excluir
    2. Não há luta de raças alguma no país, a menos que se tente, demagogicamente, colar este rótulo nas tímidas políticas de cotas ou na maior visibilidade que as denúncias de racismo têm alcançado nas últimas décadas. A afirmativa genérica de que "os brancos foram os culpados pela escravidão" é mesmo uma distorção histórica, mas isto não deve ocultar uma manipulação mais grave: o ocultamento do fato de que a escravidão nas Américas foi racializada, com graves consequências, até os dias atuais, para os que são identificados como descendentes dos escravos. Percebo ainda que você expõe o cacoete, comum a muitos membros da extrema direita, de excluir os judeus da categoria de brancos; se o critério adotado for o genético, terá que excluir, por coerência, os portugueses, que possuem mais patrimônio genético subsaariano do que os israelitas.
      Sobre a questão da liberdade de expressão, lembro apenas que a página tem um administrador, ou vários, que respondem pelo seu conteúdo; se comentaristas do meu blog resgatassem, por exemplo, a velha proposta de "enforcar o último banqueiro com as tripas do último padre", eu teria que "censurá-los", ou ficaria sujeito a sanções legais. Também não faz sentido a hipótese de que os denunciantes poderão ser processados, pois a responsabilidade por um eventual fechamento da página depende da interpretação do corpo de funcionários do Facebook, ou de uma determinação judicial.
      Considero o movimento Nação Mestiça um equívoco lamentável. Em primeiro lugar, ele deriva muito mais de uma repulsa à expansão da identidade negra do que da luta contra o inegável racismo a que estão sujeitos os que se autodefinem como mestiços. Em segundo, vários textos apresentados em seu site oficial negam o princípio do jus solis e dão a entender que a plena condição de brasileiro está ligada à ascendência indígena, ao mesmo tempo em que os índios étnicos são apresentados como adversários dos mestiços.
      [continua]

      Excluir
    3. Como você mesmo afirma, com outras palavras, os variados posicionamentos políticos envolvem juízos de valor. Discordo da sua opinião sobre o caráter revolucionário do integralismo. Ele não era revolucionário sequer na década de 30, quando flertou, e muito, com o varguismo, até se transformar, bem menos do que os comunistas, em alvo da repressão do Estado Novo.
      Devo alertá-lo, e não estou "xingando-o" de fascista, que muitos dos movimentos de inspiração fascista, a começar pelo original, reivindicaram um caráter não burguês, ou antiburguês, mas na prática pouco fizeram contra o status quo no campo da economia.
      Esteja sempre à vontade para comentar, embora nem sempre eu tenha tempo para correspondências tão longas.
      Saudações socialistas!

      Excluir
  17. Não há contradição no que eu disse, nao existe racismo até o momento em ambos os movimentos.

    Os argumentos seus de que supostamente existe racismo considerando a exaltaçao da "dominaçao historica" é vago e seria logo sobrepujado ao direito da liberdade de expressao do grupo previsto na Constituiçao Federal. Perante uma análise marxista ortodoxa é claro que haveria racismo da pagina, afinal os brancos sao a classe dominante. Mas é muito pouco para censurar o grupo, e se for, vai ser um golpe contra a democracia.

    O estudo cientifico da suposiçao da existencia de raças humanas por si só não tipificaria um crime. Querendo voce ou nao, o crime de racismo é quando se há injuria ou violencia fisica e moral. Quando ao "nazista perveso" sugiro que leia documentos e artigos do Revisionismo do Holocausto, mas calma marxista fanatico, muitos revisionistas sao comunistas(tem uma nota do PCB a favor do RadioIslam-site revisionista), existem revisionistas judeus, mas tamvem nacional-socialistas, mas a orientaçao politica nao tem nada a ver com os estudos propostos.

    Às vezes chega a ser irritante e muito determinista afirmar que tudo o que nao seja comum atualmente seja originado de "classe domiante". Existem 3 classes que dominam o mundo: Maçonaria- sionistas e marxistas, isso mesmo, marxistas, veja os lideres dos partidos de esquerda e me.diga se nao sao burgueses?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não adianta "debater" na base do é, não é. Os exemplos mais evidentes de racismo foram identificados no texto e você, ao invés de descaracterizá-los, ou pelo menos tentar, insiste em proclamar as supostas boas intenções da página.
      De resto, quanta confusão! Brancos são uma classe? Maçons são classe? Marxistas são classe? Em que genial teórico você vem bebendo?
      Vale ainda uma observação: o racismo a que eu me referi, muito claramente, passa por uma propaganda supremacista, que pelas nossas leis pode, sem dúvida, ser criminalizada.

      Excluir
  18. http://vho.org/Intro/P/index.html

    Aqui um site revisionista que considero bom.

    * O integralismo é revolucionario, exigimos uma ruptura total.com o sistema, a burguesia hoje esta tomando medidas liberais sociais e promovendo a destruiçao da familia nao é por acaso. Ela ja saturou seu poder de prender as massas no sistema, ela nao tem.mais condiçoes de acabar com as mazelas sociais e por isso insiste nos "beneficios" da liberdade anarquica, simplesmente para tirar o foco da classe oprimida na resistencia, e com isso esta acreditar que vivemos numa democracia e liberdade à moda americana.

    O integralismo luta pelo corporativismo e pela democracia organica, onde os sindicatos e congregaçoes civis se uniriam para governar, tendo como.mediador neutro entre a burguesia e os trabalhadores, um Estado forte e ativo.

    Eu particularmente aceitaria uma economia comunitaria, mas o marxismo considero sendo uma utopia e a propriedade privada(nao é capitalismo) é um direito fundamental do ser humano.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lamento decepcioná-lo, mas o Integralismo é essencialmente conservador:

      http://pt.scribd.com/doc/115009153/Flavio-Dos-Santos-Oliveira-1

      p. 36

      Salgado apregoava que o homem tem um fim em si mesmo e sua estatura moral deve ser avaliado por seu trabalho e seu sacrifício em favor da Família, da Pátria e da Sociedade. A partir de sua concepção de trabalho como esforço sagrado que estabelece entre os homens uma solidariedade interdependente e os aproxima de Deus, Salgado concebe seu modelo sociedade harmoniosa, a qual resultaria de sua organização hierárquica.

      p. 39

      O integralismo propõe-se a reformar o capitalismo em três níveis: primeiro,
      subordinando a produção aos “interesses nacionais”, a fim de romper seus
      vínculos com o capitalismo internacional; segundo, estabelecer o controle do Estado sobre a economia; terceiro, introduzindo uma finalidade ética no desenvolvimento econômico. Seu objetivo nesse plano é que a “técnica capitalista” assuma uma “função eminentemente social”. Para tanto, urge-se transformar o capitalismo liberal clássico num capitalismo nacional e social controlado pelo Estado Integral.

      Excluir
  19. Esses movimentos de orgulho racial estao sucetiveis ao racismo por parte de alguns membros. O naçao mestiça vem na tentativa de mostrar que a raça mestiça é a unica que existe no Brasil, e que essas divisoes por etnia so geram discordia nacional. É claro que o racismo existe e é por isso que se criaram tais movimentos a determinados grupos raciais, mas por isso como o centro ou procurar racismo onde nso tem fomenta as rixas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. "Esses movimentos de orgulho racial estao sucetiveis ao racismo por parte de alguns membros."

      Não foi exatamente o que eu procurei demonstrar? Por que, então, tanta indignação?
      Mas você segue com suas confusões. Mesmo que se admita, num plano biológico, um conceito de raça, o que seria uma "raça mestiça", já sabendo que não há qualquer fator de homogeneidade na miscigenação?

      Excluir
  20. Eu sou negro, e também acho que negar que existe racismo contra brancos já é uma forma de ser racista! É como se você afirmasse que os brancos são pessoas más, e que racismo é coisa de gente branca. É como afirmar que um negro deve se sentir ofendido ao ser chamado de "negão" (num tom pejorativo); e um branco deve se sentir elogiado ao ser chamado de "branquelo", no mesmo tom pejorativo. Se ambos os apelidos foram com a intenção de ofender, por que nós os negros devemos nos sentir ofendidos, e vocês brancos não? Por acaso vocês são melhores que nós? Nós é que devemos nos sentir rebaixados? Eu sofro muito com o preconceito, todos os dias. E nem sempre o racismo vem de pessoas brancas. Existem muitas pessoas brancas que respeitam minhas origens africanas, e também há negros que, só por terem uma "mistura" com europeus, e terem pele um pouco mais clara que a minha; me tratam como um lixo! Eu sonho com um mundo em que os seres humanos tenham direitos iguais, independentemente da cor, religião, nacionalidade... mas isso só será possível se todos nós colaborarmos. Devemos respeitar para ser respeitados! Eu respeito o fato dos brancos terem orgulho de suas raízes europeias, pois só assim terei direito de que eles respeitem o meu orgulho de ser afrodescendente! E eu também estou cansado de ser tratado como um coitado só por ser negro! Esse é o tipo de coisa que acaba com a auto estima de qualquer um!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não ficou inteiramente claro a quem você está criticando, mas leia algumas das minhas colocações anteriores:

      Em nenhum momento insinuei que estas realizações devem ser desprezadas ou que o racismo contra brancos é tolerável, e sim que a orientação da página do Facebook é fortemente racista.
      (...)
      O que critiquei não foi o amor à Europa, e sim o belicismo, o reacionarismo, as insinuações de supremacia étnica.
      (...)
      Sobre miscigenação e racismo, permita-me discordar: um mulato pode ser racista antinegro ou antibranco, visto que identidades étnicas não derivam necessariamente dos fatos "biológicos". Será inútil procurar alguma coerência nisto, até porque o racismo costuma partir do lado emocional e não do racional. Dois dos maiores defensores da ideia da inferioridade dos negros no Brasil, Oliveira Vianna e Nina Rodrigues, foram evidentes mestiços sob o critério da aparência física.

      Excluir