domingo, 15 de maio de 2016

Um futuro retrógrado




“Vejo bem claro agora o nosso erro e, embora reconhecendo as queixas que a mulher tem do macho, também reconheço que sem o concurso dele nada valeríamos no mundo.  Bastou um momento de divórcio para que a raça branca se visse nesta horrível situação: apeada do domínio e à mercê de uma raça de pitecos que, essa sim, tem contas terríveis a justar conosco...”¹


        Não julgue, caro leitor, que o título deste artigo diz respeito às minhas expectativas quanto ao governo Temer, embora seja quase inevitável que eu as exponha em breve.  Tampouco a citação inicial foi recortada do último manifesto de alguma militante antifeminista empenhada em unir seus esforços aos de “white pardos” arianistas de Campinas, São Bernardo do Campo ou Niterói.    
Neste começo, somente a expressão “raça de pitecos” é exatamente o que parece.  Mesmo assim, a ofensa não saiu do teclado de alguma coxinha ensandecida, e sim da caneta do grande escritor José Bento Monteiro Lobato (1882-1948). Insisto: nada de conclusões apressadas. Monteiro Lobato, ao que se sabe, jamais construiu um alter ego feminino como a Suzana Flag de Nelson Rodrigues.
As duas frases transcritas foram extraídas do discurso de Miss Astor, uma das três principais lideranças políticas dos Estados Unidos no ano de 2228, personagem do romance O Presidente Negro ou O Choque das Raças (São Paulo: Clube do Livro, 1945).  Não descreverei o contexto da fala, muito menos o enredo completo da obra.  Lembro-me que um excelente professor de Português, Mário Jesus Alexandre, me ensinou a gostar de Literatura Brasileira na distante temporada de 1981, mas lamento até hoje o dia em que o mestre resumiu, com talento, a história de Dom Casmurro.  Foi decepcionante, já na idade adulta, ler o melhor livro de ficção produzido no Brasil sabendo tudo que iria acontecer. Compre, quem tiver curiosidade, O Presidente Negro, que a propósito está para Dom Casmurro, na minha opinião, como a seleção brasileira dos fatídicos 7 x 1 para a que conquistou o tricampeonato mundial no México.
Comprei-o pela Estante Virtual há dois ou três anos, a preço irrisório, a fim de entender um pouco mais sobre a discussão, na época bem exaltada, acerca do racismo presente nos escritos de Lobato.  Entretanto, alguma sobrecarga de trabalho, ou talvez o interesse maior por outra leitura, me fez relegar O Presidente Negro ao arquivo morto, em armário quase abandonado de Maricá.  Casualmente, reencontrei-o neste final de semana e resolvi ler.  Já tive em mãos artigos acadêmicos que estabelecem as conexões intelectuais entre Monteiro Lobato e teóricos eugenistas como Artur Neiva e Renato Kehl.  Apesar disto, o conteúdo do livro não deixou de me surpreender, e sem dúvida para mal.
Como já indiquei, O Presidente Negro é contemporâneo dos embates finais da Segunda Guerra Mundial.  O prefácio do editor Mario Graciotti é datado de 1º de abril de 1945.  O protagonista Ayrton Lobo, em certa passagem, faz alusão ao automóvel Ford que adquiriu, apesar da escassez de recursos que enfrentava, como um “novo pecúlio, com tanto esforço acumulado depois do desastre germânico” (O Presidente Negro, p. 11).  Porém, ao contrário de um Oliveira Viana, o mulato arianista que praticamente varreu as teses racistas de seus ensaios após a derrocada do Eixo, Monteiro Lobato se manteve alinhado com os ideais de eugenia e, em O Presidente Negro, parece obcecado pela expectativa, relativamente comum entre os eugenistas das primeiras décadas do século XX, de favorecer ou pelo menos "torcer" pelo desaparecimento, identitário ou mesmo físico, dos negros do continente americano.
Um diálogo entre Ayrton Lobo e Miss Jane (p. 81-82) resgata o choque entre duas vertentes do pensamento racista, a “otimista”, que previa o fim do negro pela diluição gradativa de seu patrimônio genético, e a “pessimista”, que pretendia, tendo como inspiração o modelo norte-americano, investir nas políticas de segregação.  Não se estabelece, nestes trechos ou em qualquer outra parte do livro, qualquer contraponto ao supremacismo ariano, e os estereótipos “raciais” empregados pelo autor chegam a depor contra sua reconhecida inteligência.


- A nossa solução foi admirável.  Dentro de cem ou duzentos anos terá desaparecido por completo o nosso negro em virtude de cruzamentos sucessivos com o branco.  Não acha que fomos felicíssimos na nossa solução?
(...)
- Não acho, disse ela.  A nossa solução foi medíocre.  Estragou as duas raças, fundindo-as.  O negro perdeu as suas admiráveis qualidades físicas de selvagem e o branco sofreu a inevitável piora de caráter, consequente a todos os cruzamentos entre raças díspares.  Caráter racial é uma cristalização que às lentas se vai operando através dos séculos.  O cruzamento perturba essa cristalização, liquefa-a, torna-a instável.  A nossa solução deu mau resultado.
(...)
- Não há mal nem bem no jogo das forças cósmicas.  O ódio desabrocha tantas maravilhas quanto o amor.  O amor matou no Brasil a possibilidade de uma suprema expressão biológica.  O ódio criou na América a glória do eugenismo humano.


Mais adiante (p. 90-91), um espantado Ayrton descobre que o Brasil dos séculos vindouros tinha dado origem a dois novos países: o sul arianizado, constituído pelos estados da bacia platina, havia se unido a Argentina, Paraguai e Uruguai.  As regiões tropicais, impossibilitadas de dar solução ao “erro inicial da mistura de raças”, permaneciam unidas “a sofrer o erro e suas consequências”.  A culpa destas mazelas é lançada sobre o elemento português, argumento que se repete em outros textos de Monteiro Lobato². 


-Mas por que dividiram o Brasil? perguntei ainda mal consolado.  Era só povoar o norte da mesma maneira que o sul...
-Um país não é povoado como se quer, senhor Ayrton, ou como apraz aos idealistas.  Um país povoa-se como pode.  No nosso caso foi o clima que estabeleceu a separação.  Dos europeus só os portugueses se aclimavam na zona quente, onde, graças às afinidades com o negro, continuaram o velho processo de mestiçamento, acabando por formar um povo de mentalidade incompatível com a do sul.


           Conhecedora do futuro, Miss Jane também mostra a Ayrton os largos progressos obtidos pela eugenia no Terceiro Milênio (p. 87-88), em particular nos Estados Unidos.  O tom apologético adotado por Monteiro Lobato é óbvio, e se associa a uma fantasia de livrar a Terra da maior parte de sua população.


-  (...) A lei Owen, como era chamado esse Código da Raça, promoveu a esterilização dos tarados, dos malformados mentais, de todos os indivíduos em suma capazes de prejudicar com má progênie o futuro da espécie.  Só depois da aplicação de tais leis é que foi possível realizar o grandioso programa de seleção que já havia empolgado todos os espíritos.  Os admiráveis processos hoje em emprego na criação dos belos cavalos puro-sangue passaram a reger a criação do homem na América.
-E lá se foram os peludos! ...
-Exatissimamente... Desapareceram os peludos- os surdos-mudos, os aleijados, os loucos, os morféticos, os histéricos, os criminosos natos, os fanáticos, os gramáticos, os místicos, os retóricos, os vigaristas, os corruptores de donzelas, as prostitutas, a legião inteira de malformados no físico e no moral, causadores de todas as perturbações da sociedade humana.


             Dando continuidade à fala de Miss Jane, o autor deixa transparecer apreensão diante da possibilidade de um futuro marcado pelo predomínio numérico dos negros; em poucas linhas, Monteiro Lobato realiza uma transposição do quadro que por certo visualizava no Brasil dos anos 40 para a América do Norte fictícia do século XXIII (p. 88).


- Apesar de submetida aos mesmos processos restritivos dos brancos, a raça negra começou desde logo a apresentar um índice mais alto de crescimento.  A proporção do negro puro relativa ao branco subiu a um quinto, a um quarto, a um terço e por fim chegou à metade... Quer isso dizer que o binômio racial, desprezado na era do crescimento imigratório e descurado no início do regímen seletivo, passou a entrar na fase aguda do “resolve-me ou devoro-te”.


                Tamanho horror, é claro, precisava ser exorcizado, o que Lobato torna explícito pela voz de um dos ministros do 87º presidente dos Estados Unidos, Mr. Kerlog, então prestes a perder a reeleição para o candidato negro Jim Roy (p. 121). A “solução negra” mencionada abaixo seria a divisão do país em duas partes, o norte branco e o sul negro. 


-É impossível protelar por mais tempo com paliativos ilusórios a solução do binômio racial.  Ou expatriamos os negros já, ou dentro de meio século seremos forçados a aceitar a solução negra, asfixiados que estaremos pela maré montante do pigmento.


             Emerge do livro uma irritante misoginia.  Monteiro Lobato, que também era bastante hostil ao legado da Revolução Francesa, chega a emitir um comentário depreciativo (p. 134) sobre os movimentos que, na época da sua juventude, haviam lutado em prol do voto feminino.


Um tropel reboou nos corredores.  Era o bando elvinista que entrava com miss Astor à frente.  Kerlog empalideceu.  Os extremismos daquela facção eram tantos que ele previu qualquer coisa semelhante aos assaltos histéricos da antigas sufragistas britânicas.  E apertou o botão da campainha de alarma, chamando a postos os guardas.


              Coerentemente, digamos assim, o criador do Marquês de Rabicó constrói uma imagem genérica da mulher como ser irreflexivo que, ao se intrometer no mundo da política, só pode gerar desastres.  Logo depois de viabilizar a vitória do candidato Jim Roy por puro ressentimento contra seus maridos, as eleitoras norte-americanas se arrependem unanimemente e voltam a apoiar Kerlog (p. 130).


Depois de 87 presidentes brancos surgia o primeiro negro, eleito por 54 milhões de votos.  Miss Astor obtivera 50 milhões de meio e Kerlog 50 milhões e pico.  Apesar de disporem de um eleitorado quase duplo do contrário, os brancos perdiam a presidência graças à cisão entre os dois sexos provocada pelo elvinismo...
Foi instantânea e radical a mudança que se operou nas mulheres.  Apreenderam num relance todas as consequências possíveis do golpe negro e tomaram-se de furiosa crise de sentimentalismo amoroso pelo homem branco, ser mau, opressivo, injusto, não havia dúvida, mas, afinal de contas o marido milenar da mulher.  Mal com ele, pior sem ele.  Estava tão longe o hipotético sabino...


     
            Apesar da notória associação entre a figura de Monteiro Lobato e um determinado tipo de nacionalismo, O Presidente Negro também é uma obra americanófila.  Enquanto a velha Europa é apontada como futuro túmulo do homem branco (p. 52), os Estados Unidos despontam como uma espécie de farol da raça, destinado a concentrar os melhores tipos da humanidade (p. 79-80). 


-Por que catástrofe?  Tudo que é tem razão de ser, tinha forçosamente de ser; e tudo que será terá razão de ser e terá forçosamente de ser.  O amarelo vencerá o branco europeu por dois motivos muito simples: come menos e prolifera mais.  Só se salvará da absorção o branco da América.
(...)
-E o mundo americano não podia deixar de ser assim, senhor Ayrton, continuou ela [Miss Jane].  Note apenas: que é a América senão a feliz zona que desde o início atraiu os elementos mais eugênicos das melhores raças europeias?  Onde a força vital da raça branca, senão lá?
(...)
Ondas sucessivas dos melhores elementos europeus para lá se transportaram.  Depois vieram as leis seletivas da emigração, e as massas que a procuravam, já de si boas, viram-se peneiradas ao chegar.  Ficava a flor.  O restolho voltava...



            Entretanto, piores do que as teorias raciais, ilustradas por “chutes” que podem ser classificados como pura Antropologia de botequim, são alguns dos delírios ficcionais de Monteiro Lobato.  A certa altura da narrativa, Miss Jane conta a Ayrton Lobo (p. 112-113) que a tecnologia do futuro resolvera o “problema” da tez escura dos negros, ainda que restassem outras características fenotípicas indesejáveis:


-Havia uma pedra no sapato americano: o problema étnico.  A permanência no mesmo território de duas raças díspares e infusíveis perturbava a felicidade nacional.  Os atritos se faziam constantes e, embora não desfechassem como outrora nas violências da Ku Klux Klan, constituíam um permanente motivo de inquietação. A ideia do expatriamento para o vale do Amazonas tinha um ponto fraco: só podia ser voluntária e o negro não se mostrava inclinado a trocar a cidadania americana por outra qualquer.  O processo científico de embranquecê-los aproximava-os dos brancos na cor, embora não lhes alterasse o sangue nem o encarapinhamento dos cabelos.  O desencarapinhamento constituía o ideal da raça negra, mas até ali a ciência lutara em vão contra a fatalidade capilar.  Se isso se desse, poderia o caso negro entrar por um caminho imprevisto, a perfeita camouflage do negro em branco. 


               
          Retornando ao século XXIII, notamos que enquanto Mr. Kerlog buscava reverter no campo da política a ascensão iminente dos negros ao poder central, um homem de ciência contribuía para seu projeto de maneira decisiva (p. 167-168).


John Dudley havia resolvido enfim o difícil problema capilar.  Os raios Ômega, de sua descoberta, tinham a propriedade miraculosa de modificar o cabelo africano.  Com três aplicações apenas o mais rebelde pixaim tornava-se não só liso, como ainda fino e sedoso com o cabelo do mais apurado tipo de branco.  Os raios Ômega influíam no folículo e destruíam nele a tendência de dar forma elíptica ao filamento capilar.  Vencido este pendor para a forma elíptica, cessava o encarapinhamento, que não passa de mera consequência mecânica.
(...)
Já o pigmento fora destruído e, embora o esbranquiçado da pele não se revelasse cor agradável à vista, tinham esperança de obter com o tempo a perfeita equiparação cutânea.  Vir agora, e assim de chofre, o resto, o cabelo liso e sedoso, a supressão do teimoso estigma de Cam, era, não havia dúvida, sinal de um fim de estágio.  Reduzidas desse modo as duas características estigmatizantes da raça, o tipo áfrico melhorava a ponto de em numerosos casos provocar confusão com o ariano.  Entre a miss naturalmente branca e loura e a negra despigmentada e omegada pelo processo Dudley, era quase nula a diferença.



             A estupidez das mulheres não é a única generalização sugerida pelo livro.  Os negros que se mobilizavam para desmontar o multissecular domínio branco  sobre a América do Norte eram os mesmos que, por unanimidade, desejavam se converter em perfeitas figuras caucásicas (p. 169 e 181).



As negras, sobretudo, viviam num perpétuo sorrir-se a si próprias, metidas dentro de um céu aberto.  Passavam os dias no espelho, muito derretidas, penteando-se a despenteando-se gozosamente.  O seu enlevo ao correrem as mãos pelas macias comas omegadas levava-as a esquecer o longuíssimo passado da humilhante carapinha.  Brancas, afinal!  Libertas afinal do odioso estigma!
(...)
A fúria desencarapinhante dos negros fê-los se esquecerem completamente da política.  Datava de três meses a entrada em cena dos abençoados raios Ômega e pelas estatísticas oficiais 97% da população negra já estava omegada.  Mais uma semana, e os últimos postos se fechariam por falta de carapinha a alisar.



Lobato, nas derradeiras páginas da obra, alcança o clímax da fantasia.  Sem as inconveniências da miscigenação e sem derramamento de sangue, Mr. Kerlog  e seus aliados acham o meio infalível para fazer dos Estados Unidos uma nação exclusivamente branca (p. 190-191).


Meses depois do aparecimento dos raios Ômega o índice da natalidade negra caiu de chofre.  Março, precisamente o nono mês a datar da abertura dos primeiros postos desencarapinhantes, acusava uma queda de 30%.  Esta porcentagem subiu ao dobro em abril e chegou a 97 em maio.  Em junho as estatísticas só registravam 122 negrinhos novos.
(...)
O problema negro da América está pois resolvido da melhor maneira para a raça superior, detentora do cetro supremo da realeza humana.



                Apesar da superficialidade desta pesquisa, posso sem dúvida engrossar o coro dos que, se reportando a um período em que o Racismo Científico ainda desfrutava de imenso prestígio, veem em Monteiro Lobato um autor mais racista do que o homem médio de seu tempo.  Também era machista e tinha (piedade não é o meu forte) espírito de colonizado.  Isto não significa que partirei agora para a casa de minha mãe para incinerar os volumes (ainda hoje em bom estado) de Caçadas de Pedrinho e Reinações de Narizinho que me entretiveram por muitas horas na infância. Levaria, de imediato, merecidas paneladas.  Tampouco sugerirei a qualquer direção de escola um boicote ao conjunto da obra de Lobato.
           Somente quero afirmar que toda blindagem é nociva e que toda mitificação de indivíduos, vivos ou mortos, tende à fraude.  Toda reputação pode ser discutida, e, em particular, todos os heróis, especialmente os autoproclamados e os “pais da pátria” (seja ela qual for), devem ser submetidos a críticos realistas e imunes ao ufanismo. 


Em tempo:

Este texto é dedicado à minha filha Isabela, feminista de carteirinha, negra, cientista social iniciante, mas que em breve combaterá muito, e sem tréguas, o conservadorismo decrépito que julga ainda poder dar as cartas na política brasileira e fazer o país retornar às relações sociais vigentes na Era Collor.

                               

1- Ver O Presidente Negro ou O Choque de Raças, p. 131.
2- Entre outras pérolas de racismo tosco, Lobato resumiu o jornalismo carioca, em 1938, na alegoria do "mulatinho fazendo o jogo do galego".


   

10 comentários:

  1. Quero ver criticar o racismo em Cuba!!!

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  2. Eis a nota de um simplório. Cuba é um país que passou por quase quatro séculos de escravismo e esteve durante quase todo este tempo sujeito às leis raciais metropolitanas que estabeleciam "castas" e restringiam direitos conforme cor e origem. Viveu "políticas de branqueamento" antes que os eugenistas brasileiros sonhassem em nascer. Enfrentou duas guerras de independência nas quais a propaganda oficial apresentava os anseios de autonomia como "coisa de negro", enquanto os brancos deveriam se mostrar "leais súditos de Sua Majestade". Sofreu pressões, neste período, de determinados setores da sociedade norte-americana que não queriam ter "uma república negra nas costas da Flórida". Ficou, nos primórdios de sua organização republicana, sob o controle de uma oligarquia açucareira que pretendia, abertamente, impedir que os não brancos participassem do processo eleitoral. Achar que tudo isto poderia ser apagado em menos de sessenta anos de governo socialista é pura falta de atividade cerebral.

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  3. Não sou eu que faço esta constatação. São antigos participantes da revolução cubana. Inclusive, um deles, mora no Brasil. Às vezes acho que seu blog é um ambiente repleto de paradoxos. Como é possível denunciar os tiranos da direita com grande vigor, e ao mesmo tempo usar palavras doces para descrever Fidel Castro? É nada coerente, ter uma retórica anti-monárquica, e ao mesmo tempo não esboçar um parágrafo condenando a dinastia Castro. Ainda sim, como é possível "advogar", sutilmente, por um país que reprime militâncias LGBT e entidades que buscam a legalização da maconha? Se você é campeão em liberdade, deveria, realmente, defender os grandes mestres: Bakunin, Kropotkin, Kollontai, Julius Martov e etc...
    Lembre-se da frase de Julius Martov: "Sempre pensei que o marxismo é a mais alta realização da liberdade humana".

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  4. Quanta besteira e quantos vícios retóricos! De que cubano, afinal, você fala? Parece a velha conversa do estilo "minha tia-avó foi amante do Gorbachev e sabia de todos os podres da União Soviética". Não podia faltar, também, o cansativo expediente de "questionar" ou "refutar" (bote aspas nisso!) o que não foi dito. Onde eu descrevi Fidel, com doçura ou amargor? Onde eu disse que o regime cubano é irrepreensível? Onde eu defendi o personalismo e o poder "familiar", mesmo que apontar Cuba como exemplo de monarquia seja ridículo.
    Deixando de lado o jogo de cena, percebo que Martov estava errado: o apogeu da liberdade humana é viver às custas da mãe com quase quarenta anos, contando com todo o tempo do mundo para fazer trollagem na Internet adotando dúzias de nomes diferentes ou, como neste caso, no anonimato.

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  5. Monteiro Lobatostava certo em todas suas posições políticas! Viva Monteiro Lobato e abaixo ao esquerdismo!

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    1. Só vejo um problema: se o projeto da eugenia fosse aplicado nos moldes desejados por Lobato, você jamais teria existido!

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    2. Sou branco com 4 avós europeus! No caso quem não existiria seria um beiçudo "descendente de Maomé" como você e os seus filhos...

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    3. Sei... Eram os tais "avós sociais": quatro velhinhos generosos que mandavam frangos e goiabada para seus pais durante a infância na Pedreira, quando as canoas movidas a remo só levavam bananas para lá. Noto seu prazer em me chamar de beiçudo, seja como anônimo, seja como Dr. Haldol, Rachel, etc; se o objetivo da coisa é ficar mais parecido com Monteiro Lobato, desista. Com muito esforço, o que você consegue, no máximo, é "escrever" um pouquinho melhor do que o João Emiliano.

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  6. Olá Gustavo, você poderia me confirmar se Monteiro Lobato era católico romano ou maronita? Ele era realmente um membro da família Lobato?

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  7. Não esperava este tipo de pergunta, mas dei uma espiada no geneall.net e vi que José Bento Monteiro Lobato (1882-1948) era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Monteiro, tendo como avós paternos José dos Reis Lobato e Maria Antônia Marcondes Lobato, e avô materno o visconde de Tremembé, José Francisco Monteiro. No site não está o nome da avó materna. Como o catolicismo maronita tem um forte viés étnico, e não aparecem nestes costados nomes que remetam ao Oriente Médio, tudo leva a crer que o escritor era, ao menos por origem, católico romano.

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